Toda pessoa que sofre,
é um mártir do nosso prazer
Não finjamos que não,
tendo consciência do que é ser
O sangue do inferno
adoça os frutos do céu
Do crime da existência
somos todos um só réu
Cada sopro de vida
é a morte do verbo proferido
Um corte no tempo
e no espaço do corpo sentido
Cada instante é provar
do sexo da entropia
Beijo vampírico da morte
no sangue vicia
Das grandes narrativas
se tiram nada mais
do que períodos
de um prolongado
fim
Num recorte de tempo
Enquadrado momento
de como se dá
essa troca
enfim
Ato de sobreviver
apenas ossos do ofício
Esse tão belo,
vívido e pleno
sacrifício
.
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