sexta-feira, 27 de setembro de 2013

Equilibrista



Andando na corda bamba 
sigo de um ponto a outro
Nova fase, 
novo caminho
Me equilibro
Olhar para trás já me faz oscilar
Virar e voltar seria difícil
Eu poderia,
mas não há nada o que fazer lá
A passagem foi fechada

À minha frente, apenas a névoa
Não sei para onde vou, 
porém não tenho escolha
Escolhi um caminho difícil
O vento é forte
A altura assusta e a neblina confunde
A corda segue inclinando-se para o alto
Eu escolhi assim
Cada passo se torna mais difícil
A vista fará valer a pena

Sinto a corda por entre os dedos do pé
O peso da vara de equilíbrio me lembra a todos eles
Os que me mantêm voltando ao centro
A cada vaivém
O eterno retorno
E você magicamente 
está sempre lá
Mesmo não estando

É sempre um perigo
Cair
No abismo da ilusão
Já cai uma vez
E você
Tão presente
Com sua voz
Vinda do eco
Me faz querer
Despencar
Em sua direção

Mas você não está lá
É só o eco

Será?

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